segunda-feira, 2 de março de 2015

Carta aberta: Todo terceiro dia do mês

02/03/2015 - 23:38
Já é noite e o dia está quase terminado. Encontrei-me com o caderno aberto, n'uma página pautada, em branco, uma caneta azul à mão e outra verde pousada ao lado. Rabisquei a data e a horário naquele canto direito superior de sempre. Parei e pensei melhor. Como é a quinta vez, e cinco é o meu número, decidi fazer diferente. Não totalmente, é claro. Mesmo que a página não contenha minha caligrafia, e/ou meu cheiro, e/ou corações desenhados ao redor, disponho aqui meu pensamentos e reflexões mais sinceros. São 150 dias de fofidão, de implicâncias, de elogios, de amizade, de chatices, de aturação, de trabalho em conjunto, de discordâncias, de eu e você - e às vezes mais gente também HA-HA.
Tem uma música tocando aqui ao fundo. É a primeira vez que a ouço. Ela tem uma melodia tranquila e fala algo sobre ir até o dia clarear. Acho que ela está tentando me dizer que eu poderia ficar escrevendo pra você até de manhã. Mas eu preciso dormir. E acredito que tudo o que escrevi aqui, de alguma forma, você já sabe, afinal, em todas as escritas, eu sempre te agradeço por tudo. Dessa vez, não agradecerei por cada coisa em especial. Agradecerei à uma pessoa em especial: à você. Agradeço pelos 150 dias, pelas 3600 horas, pelos 21600 minutos e pelos centésimos também. Li algo do Charles Chaplin que diz que cada pessoa que passa pela nossa vida é única e que elas deixam um pouco de si pra gente. Tomara que eu não só tenha ficado com aquelas grosserias (que são legais até) e algumas manias no falar. Tá bom! Você não "passou" pela minha vida. Ainda tá aqui e tal. Mas você entendeu. Aposto que existem mais coisas que você tenha me deixado, só ainda não as descobri.
E essa enrolação toda foi só pra demonstrar que você é muito importante pra mim - e que acredito que não tenhamos cruzado nossos caminhos à toa. Portanto, que venham mais dias, horas e minutos para fortalecer tudo isso. Estarei sempre ao seu lado, até quando não precisar. E saiba que, se eu pudesse me teletransportar, eu estaria, provavelmente, te acordando (mesmo que você odeie) e te fazendo ler isso só pra eu ver um sorriso de canto, tímido, se formando algumas vezes.
Comecei a escrever em um dia e acabei no dia seguinte - mas ainda é noite e eu já deveria estar dormindo. Amanhã será um dia cheio. E cá estou eu, como em todo terceiro dia do mês, escrevendo sem parar, todavia, com a intenção de formular um final bonitinho que faça jus à minha fofura - totalmente contrária a todo ser sem coração do signo de capricórnio.
Bom, eu adoro você.

Ah, adoro irrevogavelmente.

Beijos enormes,
Lu. 


irrevogavelmente: O que é irrevogável; Algo que não pode ser desfeito.