sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Já não sabia

Hoje lhe escrevo pela última vez. A mais difícil de todas. Pra falar a verdade, estou forçando esse texto. Forçando essa situação pelo simples fato de ter que desabafar. Mas sabe quando as palavras não saem? Elas estão aqui, presas, embargadas, sem vontade de percorrer o caminho longo até a ponta dos meus dedos. Mais um fantasma assombrará meus pensamentos por um tempo. Tempo esse que não tem duração predeterminada.

...Estou tentando.

...Adeus. Isso é tudo! As palavras cessaram.




Já não sabia escrever sobre coisas boas. E, agora, vejo que nem sobre as ruins sei mais.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Confissões de um final de noite

Sabe aquela famosa frase "Eu nunca senti isso antes?" Na maioria das vezes, quando começamos a sentir algo forte por alguém essa frase acaba escapando por nossos lábios. Obviamente, seus sentimentos por alguém do presente não são os mesmos de alguém do passado; ou mesmo têm a mesma intensidade. Cada pessoa é importante a sua maneira. E você nunca, NUNCA, sentirá o mesmo por duas pessoas diferentes.
Alguém já lhe disse que "quem procura acha?" Eu não procurava, mas achei. Achei esse carinha - que entrou na minha vida quando eu sofria por um outro alguém que eu achava que amava. Mas no início eu não procurava nada. Só queria voltar ao que eu pensava ser o mais certo pra mim. E descobri que não era. A gente sempre se dá conta disso, de uma forma ou de outra.
E foi aí que eu achei tudo o que eu queria. E o que eu não queria também. Achei nele o meu melhor amigo. Achei também um amor. E foram nesses achados que fiz descobertas adoráveis e outras nem tanto assim. Descobri novas maneiras de sentir, ainda impossíveis de expressar. Descobri que ele é o amor e, ao mesmo tempo, a dor. Conheci o pior e o melhor sexo da minha vida. Me dei conta de que todas as vezes que nossos rostos se aproximam me perco naqueles olhos claros. Percebi que ele é meu dilema. Descobri que ficar sem falar com ele me deixa irritada - quase como quando fico durante a TPM. Descobri que me entreguei - mais uma vez -, mas ele parece desperdiçar todas as chances. Descobri que, finalmente, alguém me tem por completo, mas, a ele, só tenho o quanto ele me permite. Descobri que amá-lo foi a coisa mais difícil que já resolvi encarar. Mas também a mais fácil.
Ele não é merecedor de um terço da minha pessoa; de um terço do meu amor. E eu continuo amando. Ele é a linha tênue entre o amor e o ódio que sinto. Amo como o amo; odeio o quanto o amo. E ainda sim, odeio como o amo; amo o quanto o amo. Tenho para mim que esse é aquele amor inesquecível. Aquele amor que tem em sua composição todos os tipos de amor que há nesse mundo. É a droga mais viciante que um dia você já experimentou, ou experimentará. Aquela capaz de anular todas os momentos ruins ao absorver apenas uma dose, que faz sua cabeça pirar.

sábado, 20 de setembro de 2014

Seu tom favorito de azul

—Está tudo bem, né?

Não pergunte se uma simples resposta bastará.

—Tá tudo bem, né?

Não pergunte se uma simples resposta bastará. Levante-se e venha até mim. Encontre-me aonde for, a que horas for. Abrace-me, daquele modo protetor que só você sabe fazer. Não me pergunte se está tudo bem. Mostre-me que o dia pode melhorar, sim. Dê-me aquele beijo na testa que me faz sentir amada. Transforme minha tristeza em alegria, mesmo que momentânea. Segure minha mão e faça-me repetir infinitas vezes que tudo vai ficar bem. Dê-me um pouco do seu tempo. Mostre-me a inculpabilidade que tenho em te amar. Permita-me utilizar esse tom imperativo no qual lhe escrevo. Transforme meu céu cinzento no seu tom favorito de azul.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Onde você está?

Lembra aquela cena de filme que a mulher fica olhando o celular esperando o cara ligar, mandar mensagem ou até aparecer "online" no aplicativo de mensagens instantâneas? Acabei me pegando agindo assim, sem querer. Não nas circunstâncias daquelas cenas onde o garanhão diz que vai ligar e não liga e sim por fazer 5 dias que não nos falamos. Quando a presença de alguém é frequente, na nossa vida, é normal sentirmos um vazio quando, do nada, algo muda.
Venho guardando pra mim todos os últimos acontecimentos pois não tenho com quem dividir. Na verdade, não gostaria de compartilhar com ninguém mais a não ser você. Mesmo não sabendo como expressar essa sensação em palavras, acredito que, seja por você ser a pessoa que mais me entende, deixando de lado os julgamentos, atendendo minhas necessidades de quando te preciso.
Eu sinto sua falta, sinto falta das nossas conversas e até dos seus pedidos de favores.
E essa sou eu, destroçando meu orgulho, pisando nele, e vindo falar. Afinal, passei uns dias sendo durona e pensando: "Não vou falar. Vou deixar que ele fale se eu significar mesmo algo pra ele." Eu sei que agora você abriu um sorrisinho e está pensando: "Eu sabia que ela não aguentaria." Ja disse que tô sentido sua falta? Queria um abraço apertado pra passar a dor de algumas coisas que aconteceram ultimamente. É onde eu me sinto segura, fazer o quê?
Outro dia passei por uma situação engraçada e me imaginei te contando e você rindo a beça. Aquela risada que eu gosto, mostrando todos os dentes e dando a entender que foi tudo bem engraçado de verdade. Mas aí você não estava. E o sorriso que eu tinha abandonou meu rosto de imediato. Onde você está? Onde você está?

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sim e não

iPod no shuffle e não sei qual será a próxima canção. O rockzinho anterior acabou e essa música chegou pra abalar. Abalar as estruturas do meu coração que, aos poucos, tenta se enganar. E ele pode até querer, mas minha mente não o permite. Ou talvez seja minha mente tentando se enganar e meu coração não permitindo. Quem sabe? Pois bem, sou eu quem deveria saber. Só que já nem sei mais quem está no comando.
Talvez seja você e esse seu olhar doce, seus braços ao meu redor, os carinhos no meu cabelo. Pode ser que seja a sua mão na minha, a nossa cumplicidade, a nossa amizade. Também pode ser a nossa irmandade, essa compreensão, essa coisa de saber tudo um do outro. Mas, sabe, acho que é o mix disso tudo. É essa mistura que deixa tudo tão ideal. Porém, devo lembrar que quando está tudo tão bem a insegurança chega para me desequilibrar. E a insegurança é, nada mais que, o medo. Medo de errar e te perder. Medo de tentar acertar o alvo e, como uma catástrofe, tudo voar pelos ares. O que é bem provável que aconteça, se eu um dia tentar. Não, não quero tentar. Sim, quero tentar. Sim e não. Não e sim. Já nem sei mais de mim.

terça-feira, 29 de abril de 2014

E também confesso...

Tenho medo do amor.
Não da paixão, mas sim do amor.
Porque esse reserva sempre algo grandioso, que pode mudar sua vida para melhor ou pior.
No fim das contas, tenho medo do amor não correspondido,
Pois esse pode dilacerar meu coração.
E o silêncio em que seguirei
Dirá tudo o que não tive coragem de dizer,
Para lutar por você.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Dia chuvoso

Encanta-me teu sorriso,
E até teu jeito de andar.
Seus olhos, confusos ao me encarar, 
Me acalmam como o canto de um pássaro.
Sua forma de me ter, 
Mesmo que diferente
À sua maneira,
É o que me faz te amar.

Mas eu deveria saber
Que uma manhã, após sonhar,
Seria como o nascer
De um dia chuvoso.
E ainda que
O sol nasça para todos
Tudo vira escuridão
Quando você não está.